Monja Coen
Referência no Zen Budismo no Brasil
Nascida em São Paulo, Monja Coen Roshi teve uma infância marcada pela influência poética da mãe, educadora e poetisa. Cresceu em uma família onde a arte e a música faziam parte do cotidiano, e entre os parentes vieram seus primos Sérgio e Arnaldo, fundadores do icônico grupo Os Mutantes. Desde cedo, Monja Coen esteve imersa em um ambiente de questionamento e expressão, que alimentou a busca pessoal por sentido e espiritualidade.
Antes de trilhar o caminho budista, Monja Coen experimentou uma carreira de sucesso como jornalista no Jornal da Tarde, pertencente ao grupo O Estado de S. Paulo. Contudo, momentos difíceis em sua vida levaram a uma profunda reflexão sobre propósito, desencadeando uma jornada espiritual que levou a Londres e aos Estados Unidos. Foi na Califórnia que entrou em contato com o Zen Budismo, decidindo abandonar sua vida anterior para se dedicar integralmente à prática. Com determinação, desligou-se de seu trabalho, do casamento e até de um cachorro de visita para seguir um caminho de autoconhecimento e iluminação.
Foi ordenada monja Zen em 1983 por Koun Taizan Hakuyu Daiosho (Maezumi Roshi) no Zen Center de Los Angeles, mas desejava um treinamento ainda mais profundo, o que levou ao Japão. No Mosteiro Feminino de Nagoya, onde passaram por doze anos, Monja Coen praticou intensamente, sendo a primeira mulher ocidental a se tornar Shusso, ou seja, líder das monjas em treinamento. Recebeu a transmissão do Darma diretamente de Yogo Suigan Roshi, destacando-se como proposta de treinamento para treinamento monges e monjas e liderando leigos na prática budista.
De volta ao Brasil, assumiu a liderança interna do Templo Busshinji, sede da escola Soto Zen no país. Em 2001, fundou a Comunidade Zen Budista Zendo Brasil e, posteriormente, o templo Taikozan Tenzuizenji, reconhecido oficialmente pelo Japão em 2018. Como Abadessa, Monja Coen tornou-se uma figura de grande destaque, atuando em redes sociais, rádios, TVs, e conduzindo palestras em instituições e empresas. Com mais de três milhões de seguidores nas redes sociais, compartilha a filosofia zen e promove a Cultura de Paz, Direitos Humanos e o cuidado com o Meio Ambiente, valores centrais da tradição Soto Shu.
Além de autora prolífica com mais de vinte livros publicados, Monja Coen é uma ponte para o entendimento espiritual, a harmonia entre as pessoas e a sustentabilidade do planeta. Como palestrante, seus ensinamentos trazem uma abordagem acessível e prática que toca e inspira públicos diversos, promovendo o desenvolvimento pessoal e a compreensão profunda sobre as virtudes da compaixão e do desapego. Convidá-la para palestrar significa proporcionar um espaço de reflexão que une sabedoria ancestral com as inquietações da vida moderna, despertando o público para novas perspectivas de crescimento e transformação.